As Novas Promessas Brasileiras e o Caso Horner

A emocionante vitória de Enzo Fittipaldi na prova principal de Fórmula 2, disputada em Jeddah, na Arábia Saudita, renovou as esperanças da torcida brasileira em contar com um piloto brasileiro no grid de largada da Fórmula 1. E Enzo não é o único. Merece muito destaque a atuação de Gabriel Bortoletto na corrida de estreia da mesma categoria em Sakhir, no Bahrein. Campeão da Fórmula 3 em 2023, conseguiu se adaptar rapidamente à categoria bem mais potente. Felipe Drugovich, piloto reserva da Aston Martin, é o brasileiro mais próximo de uma vaga na Fórmula 1, mesmo assim muito difícil de acontecer. Eles sofrem a pesada concorrência de pilotos europeus que estão no mesmo patamar de performance. Em igualdade de condições, equipes europeias, quase a totalidade delas, optarão por um europeu no lugar de um sul-americano, não se deve ter dúvida disso.

                O Brasil jamais deixou de revelar pilotos de alto nível técnico. Eles competem em várias categorias top pelo mundo afora. Lucas Di Grassi (campeão) e Sérgio Sette Câmara competem na Fórmula E. Felipe Nasr (bicampeão na IMSA), Pipo Dirani, Felipe Fraga, Augusto Farfus são nomes muito respeitados na Europa e EUA. Daniel Serra, tricampeão da Stock Car BR, é contratado da Ferrari e já venceu duas vezes a tradicional prova 24 Horas de Le Mans. Pietro Fittipaldi fará a temporada completa da Fórmula Indy e continuará como piloto reserva da Haas na Fórmula 1. Caio Collet disputará a Indy NXT, categoria de acesso à Fórmula Indy. Nos referimos apenas aos pilotos que ainda tem pela frente pelo menos 10 anos de carreira. Outras promessas estão em fase de formação. Alguns veteranos nos honram com a participação em corridas eventuais como Helio Castroneves e Tony kanaan.

                Atualmente temos acesso à informação por meio de uma infinidade de mídias. Quem gosta de esportes a motor tem a oportunidade de acompanhar as carreiras de diversos pilotos brasileiros e certamente assistirá a muitas jornadas vitoriosas.

                 A história nos mostra que existem ciclos vencedores que marcam passagens de vários países pela Fórmula 1. O Brasil é o terceiro país em número de títulos conquistados, com 8. Perde apenas para o Reino Unido com 20 e Alemanha com 12 e supera Argentina (5), Austrália (4), Áustria (4), França (4), Finlândia (4) e Itália (3). O Brasil também é o terceiro em número de vitórias com 101, superado pelos dois mesmos países Reino Unido, com 308 e Alemanha, com 179, e à frente de França (81), Finlândia (57), Holanda (56), Itália (43), Austrália (43) e Áustria (41). Só nos resta torcer para que ocorra aquela raríssima combinação perfeita que levou Fittipaldi, Piquet e Senna às nossas maiores conquistas: piloto certo, carro certo, equipe certa, hora certa e um pouco de sorte.

                O assunto que mais tem ocupado espaço no noticiário do automobilismo é o interminável caso de assédio, cujos detalhes ninguém conhece, a uma funcionária por Christian Horner. A morte de Dietrish Mateschitz, o fundador, com seus sócios tailandeses, da empresa dos famosos energéticos Red Bull parece ter desencadeado uma divisão de interesses de dois grupos internos rivais, colocando em lados opostos o inglês Christian Horner, diretor geral e o austríaco Helmut Marko, diretor esportivo. Já havia sido decidido em reunião interna na empresa pela inocência de Christian. Aí, para surpresa de todos, Jos Verstappen, um encrenqueiro contumaz, surgiu afirmando que “se Horner não deixar a direção da equipe ela vai se desintegrar”. O que Jos tem a ver com isso? Ele é apenas o pai do piloto e defensor de seus interesses pessoais e não ocupa cargo nenhum na Red Bull.

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