Chegamos à Metade do Campeonato Mundial de Fórmula 1

Com a realização do GP do Reino Unido chegamos à 12ª etapa, a metade do Campeonato de Pilotos e de Construtores da Fórmula 1 de 2024. Embora continue o domínio de Max Verstappen e seu Red Bull RB20, que venceu sete das 12 provas disputadas, agora temos vencedores de outras equipes: Carlos Sainz (Ferrari), Lando Norris (Mclaren), Charles Leclerc (Ferrari), George Russell (Mercedes) e Lewis Hamilton (Mercedes). São seis vencedores diferentes em 12 corridas. Nas largadas, Verstappen conquistou oito pole positions contra duas de Russell e Leclerc e Norris uma cada um.

O Campeonato voltou a ser atrativo, pois já não é possível afirmar com certeza, antes de um GP, que a vitória será do holandês. Ferrari, Mclaren e Mercedes estão muito próximas em desempenho da Red Bull. E já conseguiram vencer a equipe austríaca algumas vezes. Projetamos que até o final da temporada teremos vitórias de pelo menos três pilotos diferentes, embora devamos aceitar o fato de que Max será campeão, baseado nos pontos acumulados até aqui. Bastará pontuar entre os três primeiros. E administrar esse tipo de situação é com ele mesmo. Basta verificar sua chegada em segundo em Silverstone, não dispondo de carro entre os mais rápidos.

Verstappen atingiu confortáveis 255 pontos. Os mais próximos são Norris com 171, Leclerc com 150, Sainz com 146, Piastri com 124, Perez com 118, Russell com 111 e Hamilton com 110. A briga pelo vice-campeonato está em aberto e promete ser emocionante nas 12 etapas restantes. Poucos estarão interessados pelo título de vice. Vão querer superar os outros pilotos, como manda o manual do bom esportista.

Notável é constatar a evolução da proximidade entre os carros. A diferença média dos tempos obtidos para o grid em 2023 entre os cinco primeiros colocados foi de 0s617 e em 2024 a média caiu para 0s437. Os carros deste ano se aproximaram em 0s180. Essa aproximação de quase dois décimos de segundo entre um ano e outro pode ser observada em todos os carros. A evolução das equipes tem sido uniforme.

Carros muito próximos resultam em corridas mais disputadas, pilotos buscando andar no limite, erros sendo cometidos, carros de diferentes equipes se revezando nas posições do grid e no pódio. Mclaren, Mercedes e Ferrari já provaram que também podem vencer. Acontecerão casos de equipes perdendo terreno em certas pistas por não encontrarem o acerto ideal, mas em seguida se recuperando.

A luta entre os construtores já poderia já estar encaminhada em favor da Red Bull, caso Perez viesse entregando o que o potencial de seu carro disponibiliza. O mexicano tem apresentado desempenho abaixo da crítica. Nas últimas seis corridas Sergio somou apenas 15 pontos, enquanto Max, nas mesmas provas, adicionou 119 pontos. Os cinco melhores construtores: Red Bull com 373, Ferrari com 302, Mclaren com 295, Mercedes com 221 e Aston Martin com 68. Um abismo separa, em pontos, essas das demais cinco equipes. Está dependendo muito de Perez a posição de sua equipe. Ele tem mais duas corridas para superar seus problemas psicológicos e voltar aos bons tempos que já viveu.

No mercado de pilotos certas decisões estão emperradas. Carlos Sainz continua sendo o principal ator dessa verdadeira novela que virou sua transferência. Voltaram a dizer que o espanhol interessa à Red Bull, no lugar de Perez e também à Mercedes, que adiaria a promoção do talentoso Antonelli. Sem contar Audi, Williams e Alpine, que aguardam por uma decisão. Sainz precisa decidir logo porque os prazos das equipes também estão correndo. Isso pode significar para Carlos sobrar nessa história, ficando com as piores opções.

Próximo encontro: GP da Hungria, dia 21 de julho.

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