No Templo Sagrado do Automobilismo só deu Verstappen
Monza é o templo sagrado do automobilismo mundial. A pista italiana é a mais veloz do calendário da Fórmula 1, uma das mais desafiadoras, a mais tradicional e é a casa da Ferrari. O autor da maior média horária da história até o presente ano era Rubens Barrichello, que no GP da Itália de 2004, vencido por ele mesmo, registrou 260,395 km/h. Esse recorde só veio a ser superado agora em 2025, por Max Verstappen, também o vencedor da corrida, com a média horária de 264,682 km/h.
Red Bull, McLaren, Ferrari e Mercedes prometeram interessantes atualizações para explorar as velocidades que o circuito possibilitava atingir. De fato 5 dos 6 carros dessas 4 equipes foram os mais rápidos na qualificação. Somente Yuki Tsunoda, da Red Bull, não conseguiu acompanhar o ritmo dos demais. Com um carro bem equilibrado nas mãos o holandês é simplesmente imbatível. Virou em 1m18s792 na qualificação, seguido pelos carros da McLaren de Lando Norris (1m18s869) e Oscar Piastri (1m18s982), dos Ferraris de Charles Leclerc (1m19s007) e Lewis Hamilton (1m,19s124) e os Mercedes de George Russell (1m19s157) e Kimi Antonelli (1m19s200). Diferença entre eles: 0s408. Tinham razões de sobra para o otimismo os pilotos e engenheiros. Os carros ficaram muito próximos. O brasileiro Gabriel Bortoleto cravou o tempo de 1m19s390, sendo o primeiro carro depois das equipes grandes. Fernando Alonso (Aston Martin) registrou o nono tempo e Yuki Tsunoda o décimo.
A atuação de Bortoleto tem sido bastante elogiada pela sua equipe e pelas demais. Gabriel tem sido extremamente profissional. Interpreta claramente o comportamento do carro, dá sugestões de acertos e entrega bem mais do que se esperava dele. Quem trabalha com o brasileiro, especialmente os com cargo de chefia, apostam em um futuro brilhante para o piloto. Durante toda a corrida acompanhou o ritmo dos carros da Ferrari e da Mercedes, tendo nas mãos um Sauber, um dos carros mais limitados do grid. Bortoleto tem sido procurado por outras equipes e está aguardando o “plano de carreira” que a Audi prometeu.
Verstappen dominou o GP da Itália como quis. mostrou que é imbatível quando o carro está pelo menos próximo do perfeito. Norris e Piastri, os pilotos da McLaren, dessa vez tiveram que se contentar com os segundo e terceiro lugares. Ainda estão folgados na liderança e o título deve ser disputado entre os dois.
Normalmente pouco acompanhada pelos torcedores está bem interessante a disputa entre as equipes menores. Posicionadas entre o quinto e o décimo lugares, a proximidade de pontos entre elas é notável. Williams (86), Aston Martin (62), Racing Bulls (61), Sauber (55), Haas (44) e Alpine (20). O rateio do faturamento obtido é dividido entre as equipes de acordo com os pontos conquistados no Campeonato de Construtores. Cada pontinho pode valer alguns milhões de dólares. Portanto o esforço é enorme pelos pontos disponíveis.
