Piero Taruffi

Piero Taruffi nasceu em Albano Laliale, Itália, no dia 12 de outubro de 1906. Começou nos esportes a motor pilotando motocicletas. No ano de 1932 foi campeão europeu com uma Norton 500 cc. Logo mudou para o automobilismo, competindo tanto em circuitos fechados como estradas. Se destacou em todas as categorias, principalmente nas provas de longa duração. Provavelmente é o piloto que mais guiou marcas diferentes de carros de corrida na história. Alfa Romeo, Auto Union, Bugatti, Cisitalia, Cooper, Corvette, Delage, Era, Ferrari, Fiat, Ford, Itala, Lancia, Maserati, Mercedes, Oldsmobile e Vanwall são marcas de carros que pilotou. Engenheiro mecânico, também ocupou o cargo diretor técnico em várias fábricas.

                Ainda no início dos anos 1930 venceu a prova Túnis-Trípoli, Circuito de Montenero, Copa Cimino. Enzo Ferrari o convidou para guiar os carros Alfa Romeo que preparava em sua escuderia. Venceu a Copa Gran Sasso e Copa Frigo e chegou em segundo no GP de Roma e nas 24 Horas de Spa.

                Em 1933, depois dos treinos para o GP da Itália, em Monza, pediu para sua mãe e irmã que fizessem um cinto reforçado que o mantivesse preso ao banco do piloto e contornasse sua cintura, para evitar que o corpo se movimentasse de um lado para o outro do habitáculo. Acabou se tornando o primeiro a usar um cinto de segurança que se tem conhecimento. A obrigatoriedade de seu uso só viria mais de 30 anos depois. Foi também um dos primeiros pilotos a usar capacete rígido. No período de 1934 a 1939 Taruffi participou de muitas corridas, venceu uma vez as Mille Miglia e duas vezes o GP de Trípoli, até a paralização das corridas na Europa por causa eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

                Passado o conflito foi convidado por Piero Dusio a trabalhar na Cisitalia, fábrica de automóveis que acabara de criar. Taruffi foi tanto diretor técnico quanto piloto. Em 1947 foi campeão italiano, vencendo nos circuitos de Veneza, Vercelle e Roma. Em 1948 foi o primeiro colocado em sua categoria na Volta da Cecília, assim como nos circuitos de Pescara e Berna.

                A Fórmula 1 foi criada em 1950 e Taruffi disputou apenas um GP naquele ano, o da Itália, com um Alfa Romeo 158, largando em sétimo e abandonando, por falhas no carro. Em 1951 largou em cinco GPs, guiando o Ferrari 375. Foi segundo colocado na Suiça e quinto na Alemanha e Itália. Venceu a Corrida Mexicana, ao volante de um Alfa Sport 2500.

                1952 foi um dos melhores anos da carreira do piloto italiano. Com o Ferrari 500 largou seis vezes na temporada de Fórmula 1. Venceu o GP da Suiça, chegou em segundo na Grã-Bretanha, em terceiro na França e em quarto na Alemanha. Ficou em terceiro no Campeonato Mundial de Pilotos. No mesmo ano venceu, com um Thin Wall, em Ulster e Silverstone. Em 1953 não participou da Fórmula 1 e os melhores resultados foram dois segundos lugares, na Corrida Mexicana e na Copa dos Dolomitas.

                Com um Lancia Sport, na temporada de 1954, venceu a Volta da Cecília, a Targa Florio, a Catania-Etna e a Copa de Ouro de Siracusa, fechando um excelente ano. Participou de um GP na Fórmula 1, o da Alemanha, chegando em sexto lugar, com o Ferrari 625. Largou três vezes em GPs do Mundial de Pilotos, um com Ferrari 555, em Mônaco (8º lugar) e dois com Mercedes W196, na Grã-Bretanha (4º) e Itália (2º). No mesmo ano voltou a vencer a Volta da Sicília.

                Na temporada de 1956 levantou o título de campeão italiano de carros esportes até 2000 cc e chegou na frente nos 1000 Quilômetros de Nuburgring, além de outros resultados significativos. Na Fórmula 1 participou de seus dois últimos GPs, com um Maserati na França e com um Vanwall na Itália, não concluindo as duas corridas.

                1957 marcaria o encerramento de sua carreira, caso vencesse a Mille Miglia, conquista que vinha tentando a 13 edições. Essa foi a promessa feita para sua esposa. Enzo Ferrari preparou um carro que tornava possível a Taruffi vencer a tradicional competição. Conforme prometera, encerrou sua carreira de piloto. Continuou por longos anos atuando na preparação de carros de corrida para várias equipes.

                Piero Taruffi faleceu aos 12 de janeiro de 1988, com 81 anos de idade. Foi um dos pilotos mais versáteis da história do automobilismo mundial e provavelmente o que pilotou com eficiência o maior número de marcas de carros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *