Bernd Rosemeyer

Bernd Rosemeyer nasceu em Frankfurt, Alemanha, no dia 14 de outubro de 1909. Filho de dono de uma oficina mecânica de carros e motocicletas. Muito novo ainda começou a aprender tudo sobre a parte técnica dos veículos. Sua primeira experiência como piloto foi em duas rodas. A equipe oficial de competições da Auto Union precisava de um piloto para completar seu quadro. Bernd insistiu para fazer um teste e a fábrica alemã aceitou. Tanto o engenheiro de desenvolvimento Eberan von Eberhorst quanto o projetista Ferdinand Porsche ficaram impressionados com a rapidez do aprendizado do novo piloto e seu conhecimento de mecânica.

Porsche projetou um monoposto revolucionário, com motor central traseiro, numa época em que praticamente todos os monopostos de corrida tinham seus motores colocados na posição central dianteira. Eram carros difíceis de guiar, foram chamados de Silver Arrows, e com os treinos Rosemeyer conseguiu um importante desenvolvimento técnico, tanto seu quanto das máquinas, e foi se sobressaindo.

Willy Walb, chefe de equipe da escuderia alemã, adiou a estreia do piloto o quanto pode, considerando que sua audácia na pista sem a devida experiência poderia ser perigosa. A primeira corrida de Rosemeyer aconteceu no GP de Avus, no dia 28 de maio de 1935. Um pneu estourado tirou qualquer possibilidade de vitória. Na prova seguinte, em Nurburgring, estava em 4º, atrás de 3 Mercedes. Foi superando uma a uma e ia vencer, mas o carro quebrou faltando 2 voltas para a chegada, sendo vencedor Rudolf Caracciola com Mercedes. Na Copa Acerbo sofreu com o travamento do freio, mas mesmo assim chegou em 2º lugar. Em setembro do mesmo ano, foi o 1º colocado no GP da Tchecoslováquia. Estava se tornando um ídolo na Alemanha. Uma crise hepática o deixou afastado o restante do ano.

Seu retorno às pistas aconteceu em abril de 1936, no GP de Mônaco. Percebeu que seria mais rápido nas curvas através de derrapagens controladas. Até bater em um muro e abandonar a prova. O público o aplaudiu. No GP de Trípoli um princípio de incêndio o tirou da corrida. Com o rendimento do carro abaixo do ideal foi 5º no GP da Espanha. De volta a Nurburgring, no GP do Eifel, demonstrou toda a sua categoria e arrojo. Em meio a uma densa neblina perseguiu o Alfa de Nuvolari e o ultrapassou pouco antes da linha de chegada. Venceu também nesse ano os GPs da Alemanha, Suiça e Itália.

Em 1937 foi o vencedor em 4 das 5 vitórias da Auto Union. Para alegria de 350 mil alemães que compareceram a Nurburgring foi a grande atração da prova. Na Copa Vanderbilt, nos EUA, foi o campeão. Venceu no circuito inglês de Donnington Park. A rivalidade entre Auto Union e Mercedes atingiu seu auge em 1937. As duas fábricas se empenharam na tentativa de bater recordes de velocidade. A Auto Union conseguiu, no mesmo ano, atingir a velocidade de 432 km/h.

No dia 28 de janeiro de 1938 as duas marcas estavam numa moderna rodovia alemã na tentativa de superar a marca estabelecida por Rosemeyer. Quando, no final da tarde, partiu para tentar superar o próprio recorde, apesar da possibilidade de vento forte no percurso, o destemido Bernd acelerou em mais uma tentativa. Uma rajada de vento impossibilitou o piloto de controlar o carro, saindo da pista e se espatifando no concreto de uma ponte. Rosemeyer  morreu instantaneamente, aos 28 anos de idade.

Mesmo com uma carreira tão curta, Bernd Rosemeyer é considerado um piloto tão bom quanto foram Tazio Nuvolari e Rudolf Caracciola, o que o coloca entre os melhores da história do automobilismo.

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