1975 GP da Grã-Bretanha

O circo da Fórmula 1 chegou ao GP da Grã-Bretanha, para a disputa da décima etapa,  com o Campeonato Mundial de Pilotos praticamente decidido em favor do austríaco Niki Lauda e seu imbatível Ferrari 312T. Com 47 pontos somados, quatro vitórias, estava bem à frente dos adversários.

                Silverstone em 1975 foi um das corridas mais movimentadas da história. Tudo começou na qualificação, quando sete carros registraram tempos com 0,55s de diferença entre eles. Tom Pryce surpreendeu a todos ao conquistar a pole position com seu Shadow DN5, cravando 1m19s36. Vieram a seguir José Carlos Pace (Brabham BT44B) com 1m19s50, Niki Lauda (Ferrari) com 1m19s54, Clay Regazzoni (Ferrari 312T) com 1m19s55, Vittorio Brambilla (March 751) com 1m19s63, Jody Scheckter (Tyrrell 007) com 1m19s81 e Emerson Fittipaldi (Mclaren M23) com 1m19s91.

                A corrida foi disputadíssima. Sete pilotos diferentes lideraram a prova; Pace, Pryce, Scheckter, Fittipaldi, Regazzoni, Jarier e Hunt. A chuva que ameaçava chegou na metade da corrida, ainda leve. A maior parte dos pilotos foi aos boxes colocar pneus de chuva, menos Fittipaldi, Pace e Hunt, que apostaram no final rápido da precipitação. Apostaram na zebra e se deram bem. Os carros com pneus de chuva retornaram aos boxes para colocar de volta os pneus slick.

                Aconteceu então uma situação sem precedentes na história da Fórmula 1. Uma forte chuva começou, mas se precipitou em apenas um ponto do circuito, na curva Club. Os carros vinham em alta velocidade na reta e exatamente no ponto de frenagem se deparavam com a chuva. Os carros iam saindo da pista e batendo uns nos outros, alguns passavam por cima. Foi um Deus nos acuda. Pilotos saiam de seus carros e subiam o mais depressa que podiam no barranco temendo atropelamentos. Se envolveram no acidente Jody Scheckter (Tyrrell), Wilsinho Fittipaldi (Copersucar), James Hunt (Hesketh), José Carlos Pace (Brabham), John Watson (Surtees), Jim Crawford (Lotus), Tony Brise (Embassy) e Patrick Depailler (Tyrrell). O saldo positivo é que ninguém se machucou.

Imediatamente após o acidente a prova foi suspensa após a passagem da 56ª volta pela linha de chegada. Emerson Fittipaldi foi declarado vencedor, com José Carlos Pace em segundo e Jody Scheckter em terceiro. Mesmo tendo sido envolvidos no acidente Pace e Scheckter foram ao pódio. Na passagem na linha de chegada anterior ao acidente já estavam em segundo e terceiro lugares.

É um dos Grandes Prêmios mais lembrados da história da Fórmula 1.

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