Pernas Quebradas Marcaram Carreiras de Nuvolari e Caracciola
Tazio Nuvolari (1892-1953), italiano de Mântua, é considerado um dos melhores pilotos da história do automobilismo mundial. O auge de sua carreira aconteceu no período entre guerras (1919-1939). Depois de se destacar em provas de motocicletas passou a disputar provas de automóveis. Em 1933 fazia parte da equipe Ferrari, que preparava carros de corrida exclusivamente produzidos pela fábrica Alfa Romeo, os melhores da época. Ao se desentender com o chefe da equipe, Enzo Ferrari, passou a guiar para a Maserati e se esforçou muito na tarefa de superar os Alfas, principalmente o de Achille Varzi, muitas vezes conseguindo.
Corria o ano de 1934. No dia 22 de abril era disputado o Grande Prêmio de Alexandria. Nuvolari, segundo sua própria narrativa, teve seu carro fechado por pilotos da Ferrari, o que o obrigou a sair da pista. O Maserati de Tazio bateu muito forte em uma árvore, resultando em duas fraturas sérias em uma das pernas. No dia 22 de maio, no circuito de Avus (Alemanha) seria disputada uma prova. Nuvolari insistiu em participar, mesmo com a perna ainda engessada. A equipe montou uma armação metálica dentro do habitáculo com a finalidade de apoiar a perna engessada. O italiano foi o quinto colocado na corrida.
Rudolf Caracciola (1901-1959), alemão, foi o maior rival do italiano Nuvolari no período entre guerras (1919-1939). Entre 1925 e 1926 Caracciola participou de 18 corridas e venceu 16. Entre 1926 e 1939 venceu seis vezes o Grande Prêmio da Alemanha, disputado na maior parte das vezes em Nurburgring. Era o maior ídolo alemão no período. Foi o principal piloto da Mercedes na época.
No Grande Prêmio de Mônaco de 1933 o piloto alemão sofreu um acidente muito grave, quando um bloqueio de freios o obrigou a sair da pista, indo bater violentamente em um muro. Com múltiplas fraturas em um fêmur, muitos julgaram a carreira de Rudolf encerrada. Passou por uma delicada recuperação, em várias clínicas europeias, algumas cirurgias, e no dia 2 de abril de 1934 estava de volta a Mônaco, onde, ainda apoiado em muletas, dirigiu o carro-madrinha, ouvindo os aplausos do público. Voltou a pilotar em grande forma e a vencer corridas.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em 1952, aos 51 anos de idade, voltava a pilotar. Enfrentou novo acidente, ao bater em uma árvore, sofrendo fraturas na outra perna. Esse acidente, no entanto, foi determinante para decidir encerrar sus carreira de piloto.
Pelo sobrenome, eu jurava o Caracciola era italiano. Interessante.