Russell Atinge o Nível de Campeão Mundial
George Russell e seu Mercedes W15 foram os soberanos no GP de Las Vegas. Os carros alemães, contando também com o multicampeão Lewis Hamilton, dominaram o final de semana desde os treinos livres. Depois da Mercedes as demais equipes grandes viraram tempos muito próximos prenunciando uma corrida bem disputada.
Na qualificação do 1º ao 9º colocados uma diferença de 0s75. Os mais rápidos no grid: 1º) George Russell (Mercedes) – 1m32s312, 2º) Carlos Sainz (Ferrari) – 1m32s420, 3º) Pierre Gasly (Alpine) – 1m32s664, 4º) Charles Leclerc (Ferrari) – 1m32s783, 5º) Max Verstappen (Red Bull) – 1m32s797, 6º) Lando Norris (Mclaren) – 1m33s008, 7º) Yuki Tsunoda (RB) – 1m33s029, 8º) Oscar Piastri (Mclaren) – 1m33s033 e 9º) Nico Hulkenberg (Haas) – 1m32s062. Observe os tempos dos dois carros da Mclaren: 1m33s008 (Norris) e 1m33s033 (Piastri), ou seja, menos de 1 décimo de segundo. E a façanha de Gasly largando em 3º lugar com a Alpine é considerável, principalmente porque a equipe francesa iniciou o campeonato como a pior de todas. Evoluíram muito! E Nico Hulkenberg, que colocou a Haas entre os 10 primeiros do grid mais uma vez. O alemão tem 225 Grandes Prêmios disputados e nenhuma vez subiu ao pódio. Mas é considerado um dos melhores. Pontuou 10 vezes na atual temporada.
Las Vegas significa para Max Verstappen a consagração como um dos melhores pilotos de todos os tempos. Nas 10 primeiras corridas venceu 7. Quando seu carro foi superado por Ferrari, Mclaren e Mercedes, correu para somar tantos pontos quanto possível. Administrou a situação com extrema competência, sempre conquistando pontos no pódio ou próximo dele. Premiado com uma vitória em Interlagos praticamente encaminhou o título e completou a missão em Vegas. Aos 27 anos de idade, 207 GPs disputados, tetracampeão do mundo, 62 GPs vencidos (é o terceiro maior vencedor da história), ainda tem uma longa e vitoriosa carreira pela frente.
A corrida foi da Mercedes. Russell liderou a prova inteira, provando que está pronto para ser campeão. Hamilton, com o outro da Mercedes, teve problemas na tomada de tempo e largou em 10º. O grande campeão deu uma aula de pilotagem, superando um a um os adversários, até chegar em 2º, completando a dobradinha com Russell. Sainz conduziu seu Ferrari acompanhando o ritmo do Mercedes e chegou na 3ª posição, seguido pelo companheiro de equipe Leclerc. Verstappen chegou em 5º, o suficiente para se tornar tetracampeão, seguido pelos carros da Mclaren, de Norris (6º) e Piastri (7º). Enquanto o Alpine suportou Gasly andou entre os primeiros, até que o motor Renault quebrar.
Dos 20 carros que largaram 16 completaram as 50 voltas programadas, um índice incrivelmente impressionante O nível de eficiência atingido pelas equipes de Fórmula 1 é o mais alto no mundo dos esportes a motor. O promissor piloto argentino Franco Colapinto destruiu seu Williams na qualificação. Quem viu o estado do carro, um monte de peças penduradas por cabos, achou que o destino seria o descarte total. Os mecânicos reconstruíram o carro trabalhando a noite inteira, já que o regulamento não permite troca de carro. Colapinto largou dos boxes e terminou a corrida em 14º lugar. A equipe comemorou o feito. Merecidamente.
O que dizer de Sergio Perez. O mexicano é o único piloto das quatro equipes grandes que não consegue acompanhar o ritmo dos companheiros. Já são cinco corridas seguida que não consegue chegar sequer no Q3, guiando um Red Bull, carro que levou o companheiro de equipe ao título mundial. Em nossa opinião a equipe austríaca deveria dispensar Perez, contratar Sainz da Williams, que por sua vez contrataria Colapinto. O mexicano teve todas as chances possíveis. Foi bem por um período, mas agora, inexplicavelmente, não se acerta mais.
A batalha pelo título dos construtores está vibrante: Mclaren com 608 pontos, Ferrari com 584 e Red Bull com 555. Nos dois últimos GPs a grande decisão.
Próximo encontro: GP do Catar em 1 de dezembro.