1935 GP da Alemanha

No ano de 1934 as indústrias automobilísticas alemãs Auto Union e Mercedes Benz lançaram seus modelos de monopostos para corridas, com o objetivo de competir principalmente nas provas reservadas aos chamados “carros de Grande Prêmio”, que reunia os mais velozes veículos de competição da época.

Logo nas primeiras participações os carros alemães mostraram uma incrível superioridade técnica, vencendo quase todas as corridas de que participaram em pistas europeias. Mercedes e Auto Union investiram alto, parte financiadas pelo partido nazista, que assumiu o poder na Alemanha em 1933. Até então o domínio das vitórias nas pistas era da italiana Alfa Romeo. Os projetos de carros de corrida propostos pelos técnicos alemães causaram uma revolução no automobilismo mundial.

Um dos principais eventos do calendário de corridas era o Grande Prêmio da Alemanha, disputado na pista de 22,6 quilômetros de Nurburgring, nas montanhas do Eiffel. A corrida reunia público que chegava a ultrapassar as 250 mil pessoas.

No GP da Alemanha de 1935 a Mercedes inscreveu quatro carros, para Rudolf Caracciola, Manfred von Brauchitsch, Luigi Fagioli e Hans Geier e a Auto Union inscreveu três carros, para Hans Stuck, Bernd Rosemeyer e Paul Piesch. O então chamado “esquadrão alemão” parecia imbatível. E em condições normais não havia carro capaz de andar na frente dos sete carros das duas marcas. Os demais concorrentes inscreveram carros  das marcas Alfa Romeo, Maserati, Era e Bugatti. O carro mais moderno e eficiente dessas marcas era o Modelo P3 pilotado por Tazio Nuvolari, um dos melhores pilotos de todos os tempos. Também inferior aos carros alemães.

A largada aconteceu às 11 horas, com grid formado por sorteio. Coube a Nuvolari o segundo posto de partida. Chovia com média intensidade no momento da largada, situação que persistiria por quase toda a corrida. Nurburgring era uma pista difícil, a prova durava 22 voltas, numa jornada extenuante, que exigia mais de 5.000 trocas de marcha em pouco mais de quatro horas de duração. Embora o Alfa Romeo P3 fosse um carro muito menos potente que os alemães era mais leve, compacto e ágil, características que o piloto italiano saberia explorar.

Primeiro Nuvolari conseguiu se manter próximo do pelotão dianteiro, foi superando um a um os Auto Union e Mercedes que estavam na frente, restando apenas Brauchitsch à sua frente. Mesmo acontecendo uma parada de boxe desastrada da Alfa Romeo, que o fez perder mais de um minuto, Nuvolari recuperou o terreno perdido e ultrapassou o alemão na última volta. Uma das mais significativas vitórias da carreira do grande piloto italiano.

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