Christian Heins

Christian Heins nasceu no dia 16 de janeiro de 1935, em São Paulo, filho de Carl Henrique Heins e Giuliana de Fiori Heins.

                Estreou no automobilismo com 19 anos, em 16 de maio de 1954, pilotando um Porsche que ganhara do pai, no autódromo de Interlagos. Apaixonado por mecânica e velocidade, teve no automobilismo uma carreira curta, mas muito bem sucedida.

                Heins participou com sucesso de corridas no Brasil no período de 1954 a 1956, com várias vitórias e boas colocações. No ano de 1957 decidiu estudar na Alemanha, participando de cursos técnicos sobre automóvel, enquanto trabalhava na fábrica da Porsche. Conhecido como piloto técnico e arrojado, teve a oportunidade de participar de corridas europeias, vencendo provas como 10 Horas de Messina, Giro da Calábria e Bolzano-Mendola, todas na Itália. A estadia na Europa durou até o final de 1960.

                Trazendo na bagagem larga experiência, retornou ao automobilismo brasileiro. Em 1º de setembro de 1961 aceitou convite da Willys para comandar o recém-formado Departamento de Competições da fábrica. Por sua vez contratou para seu técnico mais próximo Luís Antonio Greco. Heins montou uma oficina de primeiro mundo, com tudo o que havia de mais moderno na área. Wilsinho Fittipaldi certa vez relembrou: “A oficina era tão impecável que uma pessoa poderia comer no chão, de tão limpo”.

                Teve início a fase mais rica da história do automobilismo praticado no Brasil. Willys, DKW, Simca e até FNM se envolveram diretamente nas competições, grandes pilotos foram revelados, formando a base para as grandes conquistas internacionais.

                Christian Heins era uma raridade. Conseguia, com a mesma competência, dirigir uma equipe e pilotar com impressionante talento. Era considerado o melhor piloto do Brasil. Além de continuar a participar das corridas nacionais, não resistiu aos convites da Alpine para disputar algumas corridas europeias.

Preocupado com os riscos que vinha correndo, Heins estava decidido a abandonar a carreira de piloto. Sofrera vários acidentes graves. Num deles fraturou as duas pernas em Interlagos e no mais grave de todos, na Bélgica, sofreu contusão nas costas.  Tinha casado com Waltraud Heins e tinha uma filhinha chamada Betina, que tinha apenas 16 meses. Estava decidido: Le Mans 1963 seria a última corrida de sua carreira.

“Le Mans é a prova mais perigosa de todas”, dizia Heins. E foi justamente naquele circuito francês que viria perder a vida, ao derrapar numa poça de óleo deixada pelo motor estourado do carro de Bruce Mclaren.

Assim se encerrou, prematuramente, aos 28 anos de idade, a carreira de uma das maiores autoridades em automobilismo, como técnico e piloto, da história do esporte a motor do Brasil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *