Bruce Mclaren
Leslie Bruce Mclaren nasceu no dia 30 de agosto de 1937, em Auckland, Nova Zelândia. Filho de Les e Ruth Mclaren, seu pai, piloto amador de motocicletas, era dono de um posto de gasolina e uma oficina mecânica. Bruce passou sua adolescência na oficina e absorveu todo o conhecimento possível sobre carros e começou a competir em 1953, com um Austin Seven que ganhou do pai em provas locais. Seu destaque foi tanto que em 1957 a New Zealand International Grand Prix Association patrocinou sua primeira temporada na Europa, na Fórmula 2. Mclaren logo mostrou seu talento incomum para pilotagem, gerando um convite para integrar a equipe oficial da Cooper na Fórmula 1, se juntando ao piloto australiano Jack Brabham.
Estreou em provas oficiais da Fórmula 1 em 10 de maio de 1959, chegando em expressivo quinto lugar no GP de Mônaco. Participou de sete corridas nesse ano, em que seu companheiro de equipe, Jack Brabham foi campeão mundial. Bruce chegou em quinto lugar em Mônaco e França, em terceiro na Grã-Bretanha e venceu seu primeiro Grande Prêmio em Sebring, nos EUA.
Mclaren continuou na Cooper em 1960. Foi uma excelente temporada para o neozelandês. Começou vencendo na Argentina, chegou três vezes em segundo lugar, em Mônaco, Bélgica e Portugal, duas vezes em terceiro, na França e EUA e uma vez em quarto, na Grã-Bretanha. Acumulou pontos suficientes para conquistar o vice-campeonato mundial, sendo superado apenas por Jack Brabham, também piloto da Cooper.
A ligação de Bruce com a Cooper duraria muito. Para a temporada de 1961. Foi um campeonato dominado pelos Ferrari de Phill Hill e Wolfgang von Trips. Chegou em sexto em Mônaco e Alemanha, em quinto na França, em quarto nos EUA e em terceiro na Itália. Fechou o campeonato em oitavo lugar.
Em 1962 já começou a planejar construir seus próprios carros de corrida, mas continuou guiando para a Cooper. Depois de abandonar a corrida na Holanda, venceu em Mônaco. Foi quinto colocado na Alemanha, quarto na França, terceiro na Itália e nos EUA e segundo na África do Sul. Terminou o campeonato em terceiro.
O ano de 1963 seria marcado pelas muitas quebras no Cooper T66. Sempre que o carro permitia andava entre os primeiros. Foi terceiro em Mônaco e na Itália, Segundo na Bélgica e quarto na África. Fechou o campeonato na sexta colocação.
Bruce lançou os carros de corrida de sua construção no ano de 1964, apresentando um esporte-protótipo. Com esse carro, muito bem construído, foi campeão na disputada Copa Tasmânia. Em monoposto continuou com a Cooper. A equipe britânica iniciava seu período de declínio, vindo a ser superada por novos conceitos de construção de carros de corrida, que revolucionariam o automobilismo. Bruce chegou em segundo na Bélgica e Itália e sexto na França, marcando pontos somente nessas corridas.
O Cooper T77 foi superado por algumas equipes no ano de 1965. Bruce chegou uma vez em terceiro, na Bélgica e três vezes em quinto: África do Sul, Mônaco e Itália. Com sua fábrica produzindo carros de corrida de qualidade, Mclaren deixou a Cooper e passou a se dedicar a construir e guiar seus próprios carros.
Na temporada de 1966, com o novo regulamento que limita os motores a 3.000 cc, estreou o Mclaren M2B, seu primeiro Fórmula 1. Naquele ano largou apenas em quatro corridas, chegando em sexto na Grã-Bretanha e quinto nos EUA. Tanto como construtor quanto piloto, Mclaren era muito competente em ambas as funções. Até que cada detalhe fosse acertado sabia que tinha certo tempo para tudo se encaixar.
Como piloto participou de outra equipe e venceu, com Ford GT40, as 24 Horas de Le Mans de 1966. Com um protótipo construído por ele foi o campeão da Copa Can-Am em 1967. Os carros da Mclaren dominaram a Can-Am por alguns anos, também com os neozelandeses Chris Amon e Denni Hulme. Em nove corridas da Fórmula 1 em 1967 os carros de Mclaren quebraram em sete. Chegou aos pontos uma única vez: quarto em Mônaco.
O projeto do Mclaren M7A expunha notáveis avanços, que mostraram sua eficiência no campeonato de 1968. Na terceira corrida do ano, na Bélgica, Bruce Mclaren venceu pela primeira vez com seu próprio carro e ainda chegou em segundo no Canadá e no México. A fábrica da Mclaren evoluía a passos largos.
Em 1969 o projeto M7C mostrou ainda mais qualidades que o anterior. Dos oito GPs disputados no ano, a Mclaren pontuou em oito, o que para a época era um feito extraordinário. Foi segundo na Espanha, terceiro na Grã-Bretanha e Alemanha, quarto na França e Itália, quinto na África do Sul, Mônaco e Canadá. Terminou o campeonato em terceiro lugar. Bruce estava muito satisfeito com a evolução dos resultados.
Depois de chegar em segundo no GP da Espanha e não terminar o GP de Mônaco, Bruce foi testar o Mclaren M8D, protótipo para a Can-Am, em Goodwood, a 2 de junho de 1970, sofreu um acidente fatal. Foi o fim de uma história de sucesso como piloto e construtor.
Bruce Mclaren participou de 98 Grandes Prêmios na Fórmula 1, entre 1959 e 1970, venceu 4 vezes: Estados Unidos 1959, Argentina 1960, Mônaco 1962 e Bélgica 1968. Subiu ao pódio 27 vezes e registrou a melhor volta três vezes.