Lorenzo Bandini

Lorenzo Bandini nasceu em Barce, na Líbia (colônia da Itália na época), em 21 de dezembro de 1935. A família retornou à Itália em 1941. Quando Lorenzo tinha 15 anos seu pai morreu. Conseguiu então um emprego como aprendiz de mecânico na oficina de Goliardo Freddy. Teve suas primeiras experiências ao volante incentivado pelo patrão, de quem viria a ser genro. Freddy enxergou em Bandini o potencial de um campeão.

                Em 1956 Freddy abriu uma nova oficina e deixou a antiga para Bandini dirigir. No mesmo ano estreou em corridas, na Castell’Arquato-Vernasca, chegando em 15º lugar. Participou de campeonatos regionais de categorias básicas, com resultados razoáveis. Em 1959 venceu as copas Madunina e Crivellari.

Reconhecido como um dos melhores pilotos da Itália, Bandini estabeleceu um objetivo bem claro: chegar à Fórmula 1. Conheceu Mimmo Dei, chefe de equipe, dono da Scuderia Centro Sud, que disponibilizou um Cooper-Maserati e, em seguida um BRM. Esses carros eram pouco competitivos, mas Bandini conseguiu mostrar todo o seu talento, disputando suas primeiras corridas na Fórmula 1 em 1961, chegando ao 8º lugar em Monza. Em 1962, para sua total alegria assinou um contrato com a Ferrari e no mesmo ano participou de 3 corridas com os carros de Maranello. Foi 3º colocado em Monte Carlo.

A partir do GP da Itália de 1963 começou a guiar para a Ferrari e não deixaria mais de defender a equipe do comendador Enzo. Nesse ano chegou em 5º lugar nos EUA e na África do Sul. O ano foi de domínio da Lotus e Jim Clark. Em 1964 chegou 3 vezes em 3º lugar, na Alemanha, Itália e México e chegou à sua primeira vitória, na Áustria. Terminou o campeonato em 4º lugar. O campeão foi John Surtees, seu companheiro de equipe.

Piloto de confiança de Enzo Ferrari, Bandini se mantinha fiel à marca italiana. Em 1965, mais um ano de Jim Clark e seu Lotus imbatíveis, Lorenzo fez o que pode. Foi 2º em Mônaco, 4º na Itália e EUA e 6º na Alemanha. Terminou a temporada na 6ª colocação. 1966, com o novo regulamento de motores de 3.000 cc, foi a vez de Jack Brabham surpreender a todos com o motor Repco. Bandini foi 2º em Mônaco, 3º na Bélgica e 6º na Holanda e Alemanha.

Se os resultados na Fórmula 1 não eram tão animadores, nos esporte-protótipos alcançou muitas vitórias importantes. Em dupla com Ludovico Scarfiotti venceu as 24 Horas de Le Mans e a Targa Florio, ambas em 1963. Em 1965 foi novamente vencedor da Targa Florio. Em 1967, em dupla com Chris Amon foi o vencedor nas 24 Horas de Daytona e 1.000 Km de Monza, sempre com carros da Ferrari. Citadas aqui as vitórias mais importantes.

Bandini estava animado ao alinhar em 2º lugar no grid de largada para o GP de Mônaco. Na volta 81 o piloto italiano bateu nos fardos de feno na lateral da pista, capotou e o carro pegou fogo, com o piloto preso, sem a menor possibilidade de escapar. O italiano teve 70% do corpo tomado por queimaduras de 3º grau. Sobreviveu por 3 dias, em condições lastimáveis. No dia 10 de maio veio a falecer. Enzo Ferrari ficou inconformado com a perda do amigo. A Itália perdeu um dos melhores pilotos de sua história.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *