Cooper T51 e T53

                A Cooper Cars Co Ltd. Foi fundada por Charles e o filho John Cooper no ano de 1947, em Surbiton (Surrey). Decidida a produzir carros de corrida, construiu seu primeiro monoposto, um Fórmula 3 equipado com motor de motocicleta Jap de 500 cc, passando a participar com sucesso das provas da categoria e em corridas de subida de montanha.

                Na década de 1950 a Cooper produziu carros monopostos compactos, equipados com motores Jap, Norton ou Climax de baixa cilindrada. Os carros eram leves e os chassis mais ágeis e motores instalados na parte traseira, contrários a todos os demais, posicionados na dianteira, que competiam na época. A Cooper fez muito sucesso nas categorias de acesso.

                Em 1950, ano em que foi criada a Fórmula 1, a Cooper competiu apenas em um GP, o de Mônaco, tendo Harry Schell ao volante do modelo T12, mas se envolveu naquele famoso acidente que envolveu vários carros. De 1952 em diante a fábrica britânica manteve sua equipe e participou regularmente dos campeonatos. A primeira vitória veio no GP de Mônaco de 1958, com Maurice Trintignant, ao volante do modelo T45.

                Além de Charles e John Cooper, o piloto australiano jack Brabham trabalhou diretamente nas oficinas da fábrica, executando o serviço que precisasse fazer, inclusive o de mecânico, sendo um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento dos carros da Cooper. Participou de corridas a partir de 1955. Até se correspondia com o engenheiro Ron Tauranac, seu conterrâneo, pedindo sugestões que pudessem melhorar o desempenho do carro. Em fins de 1958 a Cooper tinha um carro competitivo nas mãos.

                Para a temporada de 1959 a Cooper apresentou seu modelo T51 equipado com motor Climax. Instalado atrás do banco do piloto. Com ele Jack Brabham venceu a primeira prova do ano, o GP de Mônaco. O australiano venceu também o GP do Reino Unido, além de chegar em segundo na Holanda, em terceiro na França e Itália e em quarto nos EUA. Com o mesmo modelo T51 Stirling Moss venceu os GPs de Portugal e Itália. Com 31 pontos somados Jack Brabham se tornou campeão mundial.

                Teve início a primeira das revoluções técnicas da história que mudaria essencialmente os rumos do automobilismo mundial. A Cooper acabara de provar a melhor eficiência do motor instalado na parte traseira do carro. Era uma mudança radical, que alteraria um conceito que durava mais de 50 anos de evolução na construção de carros de corrida. Até então “o carro não podia ficar na frente dos bois”. Ainda assim a maioria dos construtores ainda se negava a aceitar essa profunda alteração.

                A temporada de 1960 foi consagradora para a equipe Cooper e o piloto Jack Brabham. O modelo T53 era ainda melhor que o T51.  Depois de não pontuar na Argentina e Mônaco, Brabham venceu cinco GPs em sequência: Holanda, Bélgica, França, Reino Unido e Portugal. Faltando duas corridas para terminar o campeonato, somando 40 pontos, e Jack Brabham não podia mais ser superado. O australiano faturava seu segundo título mundial.

                A partir de 1961 até 1968 a Cooper manteve sua equipe oficial, mas não conseguiu mais conquistar o título de campeã de construtores. Suas últimas vitórias foram em 1962, com Bruce Mclaren no GP de Mônaco, com o modelo T60, em 1966, no GP do México, com John Surtees, com o modelo T81 e em 1967, no GP da África do Sul, com Pedro Rodrigues, no modelo T81. Em 1969 a Cooper se despediu da Fórmula 1 com uma participação no GP de Mônaco, com Vic Elford, terminando em sétimo lugar.

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