Momento de Definir os Vice-campeões
Faltando dois Grandes Prêmios (Las Vegas e Abu Dhabi) para o encerramento da temporada de 2023 da Fórmula 1, estão em aberto as lutas pelos vice-campeonatos, tanto para pilotos quanto para construtores.
Entre os pilotos Sergio Perez tem as maiores chances de conquistar o vice-campeonato. Atrás do já campeão Max Verstappen (inacreditáveis 524 pontos), o companheiro de equipe na Red Bull soma 258 pontos, 32 à frente de Lewis Hamilton, da Mercedes, que soma 226 pontos. Na sequência vêm os pilotos Fernando Alonso (Aston Martin) com 198, Lando Norris (Mclaren) com 195 e Carlos Sainz (Ferrari) com 192. Alonso, Norris e Sainz não têm mais chances matemáticas de ultrapassar Perez. A conquista do vice-campeonato só pode ser alcançada por Perez ou Hamilton. Apesar do desempenho irregular na temporada, Perez é o favorito a vencer essa briga. Outros pilotos que realizaram temporada satisfatória foram do sétimo ao nono lugares, Charles Leclerc (Ferrari) com 170 pontos, George Russell (Mercedes) com 156 e Oscar Piastri (Mclaren) com 87 pontos. O australiano mostrou que chegou à Fórmula 1 para ficar.
Entre os construtores a Red Bull lidera com impensáveis 782 pontos e já é a campeã. A equipe austríaca abriu exatos 400 pontos da Mercedes, que somou 382 pontos. A Ferrari soma 362 pontos e é a única que matematicamente pode tirar o vice-campeonato da equipe alemã. As equipes que vêm na sequência Mclaren (282 pontos), Aston Martin (261) e Alpine (108), fecham os cinco primeiros classificados no campeonato. A Williams, que no ano passado ficou na 10ª e última posição, com oito pontos, é a equipe que mais evoluiu de um ano para o outro. Está firme na sexta posição, com 28 pontos, à frente de Alpha Tauri (21 pontos), Alfa Romeo (16) e Haas (12). O vice-campeonato será decidido entre Mercedes ou Ferrari.
Os pilotos brasileiros e irmãos Pietro e Enzo Fittipaldi tomaram decisões radicais em suas carreiras, visando a temporada de 2024.
Pietro, hoje com 27 anos tem um histórico esportivo invejável na história do automobilismo. Depois de passagens bem sucedidas no kart dos EUA e categoria básica da Nascar, em 2014 foi campeão de Fórmula Renault, vencendo 10 das 15 corridas do campeonato. Na Fórmula 2000, com provas na Europa e Ásia, venceu quatro das 14 corridas. Estreou na Fórmula 3 FIA em 2015. No mesmo ano foi campeão na Fórmula V8, com seis vitórias em 16 corridas. Participou de seis provas de Fórmula Indy em 2018, guiou um protótipo do mundial de Endurance, quando sofreu um grave acidente em Spa, em que quebrou as duas pernas. Participou de quatro provas de DTM e foi piloto reserva da Haas na Fórmula 1 nos últimos quatro anos. Pietro acaba de assinar um contrato com a Rahal Letterman Lenigan de Fórmula Indy, como piloto titular para toda a temporada de 2024. A decisão de Pietro é bastante acertada, pois é importante se firmar em uma categoria e a ela se dedicar. Talento não falta.
Enzo, hoje com 22 anos, tem uma carreira tão vencedora como o irmão, porém ainda mais curta, devido aos cinco anos de diferença na idade. Foi campeão italiano de Fórmula Quatro em 2018, com sete vitórias conquistadas. Em 2019 participou da Fórmula Europa com duas vitórias e oito pódios na temporada. Na Fórmula 3 em 2020, acumulou 27 pontos e boas atuações. Sofreu um sério acidente na largada em Gedha, quando fraturou o tornozelo. Fez parte da Academia Red bull em 2023, pela Fórmula 2. Apesar dos cinco pódios durante o ano, não renovou com a marca austríaca para 2024. Enzo testou um carro de Fórmula Indy da Dale Coyne. Talvez siga o mesmo caminho do irmão. É um piloto talentoso e merece um cockpit vencedor.
Como gostaríamos de ver um brasileiro competindo na Fórmula 1, mas com um carro vencedor! O que está mais próximo é Felipe Drugovich, piloto reserva da Aston Martin. Mesmo sendo integrante de uma equipe oficial temos consciência da enorme dificuldade de chegar a piloto titular, mesmo tendo muito talento.