EUA Ensinam como Realizar um Espetáculo
O mundo deve aprender com os Estados Unidos da América como se organiza um evento com atrações extras proporcionais à grandeza do espetáculo esportivo ou cultural que mobiliza o acontecimento. Uma corrida de automóveis nunca se resume a uma disputa entre máquinas e pilotos. O espectador assiste desde uma afinada banda musical, aprecia espetáculos aéreos, desfile de astros e estrelas, tem à disposição variadas experiências gastronômicas e tudo mais para que tenha espaço de tempo para ter o que ver ou consumir. Parte significativa do público estadunidense, mesmo com toda a evolução tecnológica e diversidade de mídias, prefere acompanhar o evento presencialmente. Essa situação na Fórmula 1 mobiliza centenas de milhares de pessoas em terras ianques, muito superior à média da maioria dos outros países. Não é por acaso, portanto, que deverá aumentar o número de Grandes Prêmios em terras norte-americanas, substituindo os de menor faturamento. Simples assim.
A corrida de Austin serviu para demonstrar que Mercedes, Mclaren e Ferrari estão mais próximos da Red Bull. Bom para quem gosta de ver disputas reais na pista. Na qualificação Verstappen teve seu melhor tempo, o da pole position, deletado, por exceder limite da pista, deixando o tricampeão no sexto lugar no grid. O melhor tempo foi registrado por Charles Leclerc (Ferrari) com 1m34s723, seguido por Lando Norris (Mclaren) com 1m34s853, Lewis Hamilton (Mercedes) com 1m34s862, Carlos Sainz (Ferrari) com 1m34s954, George Russell (Mercedes) com 1m35s079, Max Verstappen (Red Bull) com 1m35s081, Pierre Gasly (Alpine) com 1m35s089, Esteban Ocon (Alpine) com 1m35s154, Sergio Perez (Red Bull) com 1m35s173 e Oscar Piastri (Mclaren) com 1m35s467. Cinco equipes conseguiram colocar seus dois carros entre os dez primeiros e a diferença de tempo entre eles foi de 0s744.
Largando na frente, ao superar Leclerc, Norris chegou a sentir a possibilidade de chegar à sua primeira merecida vitória na Fórmula 1. Mas ninguém combinou com Verstappen. O holandês largou com calma e teve todo o cuidado para superar cada adversário, até assumir a liderança e não ser ameaçado por nenhum outro. Max enfrentou o problema de queda progressiva de eficiência dos freios e, mostrando maturidade, se adaptou a essas condições e levou o carro à vitória. É mesmo um diferenciado. Hamilton se esforçou muito na tentativa de alcançar Verstappen. No final terminou a apenas 2s2 do vencedor. Depois da corrida o inglês foi desclassificado por irregularidade na prancha do assoalho. Exatamente pela mesma razão foi desclassificado também Leclerc. Norris ficou em segundo e Sainz em terceiro, completando o pódio. Perez chegou em quarto, dando um passo importante na conquista do vice-campeonato. Russell, Gasly, Stroll, Tsunoda, Albon e Sargeant completaram os dez primeiros. Pela primeira vez no ano a Williams colocou seus dois carros na zona de pontuação, em nono e décimo lugares. A Mercedes está em franca evolução, enquanto Ferrari e Mclaren progridem em ritmo um pouco mais lento.
Faltando quatro corridas para o fim do Campeonato já estão definidos os campeões entre pilotos e construtores. Vejamos a situação da luta pelas demais posições. Entre os pilotos apenas oito conseguiram superar a barreira dos 100 pontos: Verstappen (466 pontos), Perez (240), Hamilton (201), Alonso (183), Sainz (171), Morris (159), Leclerc (151) e Russell (143). O vice-campeonato deverá ser decidido entre Perez e Hamilton. Entre os construtores somente seis marcas superaram os 100 pontos até agora: Red Bull (706 pontos), Mercedes (344), Ferrari (322), Mclaren (242), Aston Martin (236) e Alpine (100). O vice-campeonato deverá ser decidido entre Mercedes e Ferrari. A Alpine foi a equipe que mais evoluiu na segunda metade da temporada, deixando para trás Williams, Alfa Romeo, Haas e Alpha Tauri.
Na reta final do Campeonato, as fábricas se preocupam, além das atualizações, que são menos intensas agora, mas com os projetos de 2024. Muitas novidades estão a caminho.
Próximo encontro: GP Cidade do México, dia 29 de outubro.