Maurice Trintignant
Maurice Bienvenu Jean Paul Trintignant nasceu a 30 de outubro de 1917, em Saint Cecíle-les-Vignes, França. De uma família de vinicultores, iniciou sua carreira de piloto em 1938 e já no ano seguinte venceu o Grand Prix de Frontìeres. Logo em seguida as competições foram paralizadas na Europa devido à eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Em 1950 começou a se destacar em várias categorias menores. A atuação do francês gerou convites para guiar tanto monopostos quanto carros esporte. Estreou na Fórmula 1 no mesmo ano, a 21 de maio, em Mônaco, com Simca Gordini. Se envolveu num acidente com outros sete carros, que paralisou a corrida por longo tempo. Também correu na Itália, mas o carro quebrou. Participou de três GPs em 1951, pela mesma equipe francesa, não chegando ao final de nenhuma corrida. NO Campeonato de 1952 os resultados foram um pouco melhores: Quinto lugar na França e sexto lugar na Holanda. Maurice ainda guiou para a Gordini em 1953, chegando em quinto lugar na Bélgica e Itália e em sexto na Holanda. Mesmo guiando carros limitados o francês conseguia se destacar, chamando a atenção de várias equipes. A Ferrari o contratou para a temporada de seguinte.
O Mundial de Pilotos de 1954 foi dominado por Fangio e seu Mercedes W196 imbatíveis. Trintignant chegava onde era possível com o Ferrari 625. Foi segundo na Bélgica, terceiro na Alemanha, quarto na Argentina e Quinto na Grã-Bretanha e Itália. Em dupla com José-Froilan Gonzales venceu as 24 Horas de Le Mans. Ficou em quarto lugar no Mundial de Pilotos.
Continuou na Ferrari em 1955. Começou bem a temporada, com um segundo lugar na Argentina. Melhor ainda foi em Mônaco, sua primeira vitória na Fórmula 1. Mas o ano continuou sendo de Fangio e da Mercedes. Terminou o Campeonato no quarto lugar. Venceu, com Castelotti, as 10 Horas de Messina.
Assinou com a inglesa Vanwall para 1956 na Fórmula 1. Participou de cinco GPs no ano e não concluiu nenhum. Voltou para a Ferrari em 1957, chegando em quinto em Mônaco e quarto na Grã-Bretanha. Guiou para a Ferrari também em carros esporte e venceu a Copa Reims de Fórmula 2. Foi para a Cooper no início de 1958 e venceu o GP de Mônaco pela segunda vez. Além disso, com o carro inglês foi terceiro colocado na Alemanha. Em 1959, com o Cooper T51 foi segundo lugar nos EUA, terceiro em Mônaco, Quarto na Alemanha e Portugal e quinto na Grã-Bretanha.
A partir de 1960 foi diminuindo suas participações em corridas. Sua última vitória foi no GP de Pau, em 1962. Sua última corrida foi as 24 Horas de Le Mans de 1965. Encerrou sua carreira de piloto e foi morar em Vergéze, na França, onde já exercia o cargo de prefeito.
Maurice Trintignant esteve na Fórmula 1 de 1950 a 1964, sendo uma das carreiras mais longas da história. Largou em 81 Grandes Prêmios, venceu dois, e subiu ao pódio 10 vezes. Morreu em 3 de fevereiro de 2005, aos 87 anos de idade.
